segunda-feira, 4 de julho de 2011

Psicologia e Oncologia - O papel do psicólogo no apoio aos pacientes de câncer.

Durante nossas aulas de Genética Aplicada à Psicologia, com a Prof. Dra. Etel Gimba, neste primeiro período de Psicologia da UFF, tivemos a oportunidade de discutir sobre essa terrível enfermidade, suas origens, os seus diferentes tipos, fatores de risco, formas de tratamento e, principalmente, qual é o papel do psicólogo em uma equipe multidisciplinar de apoio a esses pacientes.
Pesquisando sobre o assunto, descobrimos que existe uma área inteiramente dedicada a este tema, a Psicooncologia, que é uma das muitas linhas e técnicas psicoterápicas existentes nesse vasto campo que é a Psicologia. A Psicooncologia pode lançar mão de diversas subespecialidades da terapia psicoterápica, utilizando uma abordagem freudiana, jungniana, de psicodrama ou existencial, para citar algumas, com o objetivo de auxiliar os pacientes de câncer e seus familiares a enfrentar essa doença, que sempre causa um forte abalo emocional nos pacientes diagnosticados.  O próprio nome, câncer, já é suficiente para provocar um impacto profundo, de imediato trazendo consigo uma “condenação”, angústia, insegurança e muitas vezes desespero.

O apoio de um profissional da área da psicologia é muito importante para os pacientes desde as fases iniciais do diagnóstico até as fases do tratamento propriamente dito, pois poderá auxiliar o paciente a não ver o diagnóstico como “o fim da linha”, e motivá-lo para a continuidade do tratamento, muitas vezes longo e doloroso. A estabilidade emocional do paciente será muito importante para a sua recuperação, e o psicólogo pode ajudar bastante. Pesquisas feitas pelo INCA e outros órgãos de tratamento e assistência a pacientes oncológicos têm demonstrado que o atendimento psicoterápico a pacientes e suas famílias podem aumentar significativamente os índices de recuperação e cura do paciente.

Quando o paciente ainda está na fase da investigação da doença e das fases preliminares do tratamento, ser recebido por um psicólogo é uma forma de afirmar um bom relacionamento com a equipe e a instituição de tratamento, e de diminuir a angústia e a insegurança causadas pela espera do diagnóstico e dos procedimentos a serem realizados.

O psicólogo também tem um papel importante na elaboração de uma conduta para o acompanhamento do paciente e de sua família, ao promover uma avaliação do estado emocional do paciente e definir uma modalidade de atendimento que seja adequada às necessidades deste, respeitando sua individualidade e suas necessidades. A análise do quadro do paciente oncológico revela a importância de se aplicar a psicologia como uma ferramenta de auxílio eficaz durante o processo de tratamento, tendo como proposta conhecer quem é o paciente oncológico, bem como suas particularidades, seus anseios e perspectivas em relação ao tratamento entre outros.

As modalidades de atendimento a pacientes oncológicos podem incluir o suporte individual, o suporte em sala de quimioterapia, quando esta forma de tratamento da doença se faz necessária, o atendimento em grupos de apoio, o atendimento domiciliar ou hospitalar.

 Vale lembrar sempre que não existe uma fórmula eficaz em todos os casos, é importante avaliar cada situação, pois ”o paciente oncológico é único em sua dor e sofrimento, mas também ele é grandioso em sua coragem, seu ego se fortalece em cada etapa da esperança de viver.” Pois as perdas e vitórias estão sempre presentes na vida de todos nós, e cabe ao psicólogo ajudar estes pacientes a enfrentar as dificuldades de seu tratamento, levando algum conforto e a esperança de viver uma vida digna, apesar do câncer.


Referências Bibliográficas e Links Relacionados:

SILVA, Tania Cristina. Psicologia e o Câncer.
I KICKED CANCER'S ASS. Stories, Resources and Support. Amazing blog, in English sobre pacientes de câncer e suas histórias de superação.

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