quinta-feira, 30 de junho de 2011

Semana de Provas



Estamos chegamos ao final do semestre.
Como dizem que uma imagem vale mais que mil palavras...
O recado de hoje é só pra justificar a falta de novos posts!!
Em breve retomaremos às atividades, mas por enquanto, ficam as imagens.
Quem disse que vida de calouro é fácil??? Agora falta só um pouquinho e... férias!



Bons estudos e até breve!

Trilha sonora para este post: Bem velhinha, um dos meus favorites (sim, são vários!) Beatles' songs: "I'm so tired"The White Album,  Apple Records, 1968. "I'd give you everything I got for a little peace of mind!"

domingo, 26 de junho de 2011

Domingão pré-provas...

Hoje acordei um pouquinho desanimada, ainda MUITOS textos pra ler... Resolvi relaxar lendo um dos meus personagens de cartoon favoritos, o Calvin, do Bill Waterson, que é, no mínimo, inspirador!
E olha a "pérola" que encontrei!


Pra quem gosta do Calvin, dá pra ler uma grande quantidade de histórias e curiosidades no blog Depósito do Calvin, ou ir direto na página do Bill Waterson, em inglês, aqui.
Bem, vou ficar esperando a concentração voltar.
Bom domingo a todos!!

sábado, 25 de junho de 2011

Resenha sobre o texto "Psicologia, Um Espaço de Dispersão do Saber"

Na nossa última aula do Prof. Roberto Preu tivemos o prazer de receber a Prof. Alessandra nos contando um pouquinho sobre a sua tese de doutorado sobre a revista Rádice, que ajudou a construir a história da Psicologia no Brasil. Nós já tivemos um breve contato com essa revista na aula do Prof. João, quando ele nos passou o texto do Luiz Alfredo Garcia Roza para ler. No link vocês encontrarão o texto em PDF, na íntegra, mas estou postando hoje uma resenha que escrevi resumindo as ideias principais. Uma das motivações foi a prova, mas, como segundo o Prof. João isso não deve ser o nosso foco, e sim apreender as ideias do texto, levá-las conosco ao longo de nosso curso, espero que seja útil a todos para pensarmos melhor a respeito... (em todo o caso, pode ajudar na prova!!)

Neste artigo, o autor coloca que o seu objetivo não é discutir a epistemologia da Psicologia, pois esta “angústia epistemológica” faz parte da discussão sobre o saber psicológico desde que este surgiu. Não é importante discutir se esse saber constitui ciência ou não – e sim, afirmar a pluralidade do mesmo.
“A psicologia, desde que surgiu, tem estado às voltas com o problema de sua justificação.”
Supõe-se, na análise do autor, que a psicologia só teria surgido com ciência a partir do momento em que se tornou empirista, verificável matematicamente (o que veio a ocorrer somente no séc. XIX a partira das pesquisas de pensadores como Wundt e Bergson), e chegou ao seu ponto máximo de cientificidade com o behaviorismo metodológico de Watson.
Tal visão da necessidade de cientificidade e empirismo para que o saber psicológico se fizesse científico teve influência da doutrina positivista de Augusto Comte. Na opinião do autor, “se a psicologia tomasse como objeto o indivíduo, ela seria reduzida à biologia, e se ela tratasse da dimensão social do homem, ela seria reduzida à sociologia”, negando-se assim a possibilidade da psicologia ser ciência. Esta foi a ideia defendida por Comte e seus seguidores, a qual foi  retificada e corroborada pelo famoso  veto kantiano” à psicologia.

Monumento à Julio de Castilhos, cheio de simbologia positivista, na Praça da Matriz, Porto Alegre, RS.
A esta crítica positivista o autor coloca o contraponto que considerar a explicação dos fenômenos psicológicos pela fisiologia é impossível, ao mesmo tempo em que dizer que a psicologia não pode ser considerada uma ciência porque sue objeto (o homem) é de extrema complexidade seria “antropocentrismo, e uma confusão típica do empirismo positivista”. O autor afirma, ainda, que  “ciência nenhuma tem por objeto a realidade empírica. O objeto das ciências são os conceitos que estas ciências produzem e não o mundo empírico”, e que “a ciência pode ter por objeto o homem, já que ela visa explicar a realidade concreta, mas o seu objeto serão os conceitos e as teorias que ela produzir.”
O autor resume as suas conclusões da seguinte forma:
“O termo psicologia designa um espaço de dispersão do saber, cuja coerência interna é um ideal provavelmente inatingível.”
Quer dizer com isso que não existe “a” psicologia, mas diversas “psicologias” que se articulam com outros saberes e outras ciências, buscando um saber sobre o sujeito,  e que são encontradas na psicologia teorias e métodos tão diferentes entre si como o poderiam ser os de ciências completamente distintas.
“Na verdade não existe, até o momento, um critério em função do qual se possa afirmar com segurança: isto é psicologia, isto não é psicologia.”

A esta discussão o autor acrescenta que tal dispersão é inerente à psicologia, que aquela faz parte da sua identidade, que a totalidade do saber psicológico forma um conjunto aditivo, não estrutural.
“Procuramos tanto identidades como diferenças, e o fato de pretendermos mostrar que aquilo que se denomina de psicologia é um imenso espaço de dispersão do saber, constituído mais por diferenças do que por identidades, não implica num menosprezo por este saber, e nem tampouco numa negação de sua eficácia.”
Tais conclusões remetem diretamente a uma discussão sobre a história da psicologia, e a forma como esta “história” deva ser contada, avaliada ou estudada.
Para o autor, as divisões da História da Psicologia são completamente arbitrárias, e então será importante considerar a “emergência do saber psicológico, sua articulação com outros saberes, seu caráter institucional, sem a preocupação de determinarmos a cientificidade ou não deste saber”.  Assim sendo, podemos avaliar a história do saber psicológico do ponto de vista da história genealógica como proposto por Foucault; então, teremos uma “genealogia da psicologia” ao invés de uma “história da psicologia”, já que “sua história não é contínua e evolutiva, mas descontínua, e que se podemos falar em um progresso, ele somente ocorre no interior de uma mesma região deste saber, e não de uma região para outra”. Desta forma, a psicologia não possui, dentro do saber científico, um lugar definido, e é essa dispersão que a forma, sendo assim inerente à própria psicologia.
“A partir de Descartes o saber a respeito do homem sofre uma divisão: enquanto o modelo mecânico da física newtoniana era aplicado a uma nova concepção do corpo, estabelecendo uma analogia entre o fenômeno mecânico e o fisiológico, um novo objeto toma corpo: a subjetividade (o psiquismo, a consciência).”

 E é a partir dessa divisão que se formam os saberes psicológicos que hoje estudamos.
Referências Bibliográficas:
Luiz Alfredo Garcia Roza. Rádice. Revista de Psicologia, ano 1, nº 4, 1977.
Amandio Gomes. Revista do Departamento de Psicologia. UFF, vol. 17 no.1 Niterói, Jan/June 2005 -
Trilha Sonora para este post: Tinha que ser, "Balada do Louco" dos Mutantes, no amazing video by Daniel Lopes.


quinta-feira, 23 de junho de 2011

...porque boa música faz bem à alma!!

Finalmente chegou o feriado mais esperado do ano aqui em casa, o Corpus Christi, que sempre traz o nosso amado "Rio das Ostras Jazz and Blues Festival"!!!
O Festival chega esta ano à sua nona edição, e já é referência internacional quando se fala em evento de jazz e blues. Este ano a programação está super "amarradinha", com os blueseiros tocando na concha acústica da Lagoa de Iriry (em frente da minha casa!!! que privilégio!!) às 14:15 hrs, as bandas com uma pegada mais jazz tocando no palco da Praia da Tartaruga às 17:15 e à noite todo mundo se mistura, no Camping Costa Azul, a partir das 20:00. Ah, e tem também as matinês na Praça São Pedro, começando às 11:30 na Concha Acústica, ou seja, tem horário de boa música pra todos! Ver todos estes shows é uma verdadeira maratona!

Vista da Praia de Costa Azul

A combinação de boa música, belas paisagens de nossas lindas praias, gente interessante e bonita e um friozinho gostoso fazem deste evento o melhor do ano na cidade, em nossa opinião!
Nos shows da Lagoa sempre contamos com a presença de muitas crianças, e a família comparece em peso!!
Mais tarde, o programa é só pros adultos, é claro, e sempre rola aquele jantarzinho romântico no Bartrô Bar e Bistrô, com suas comidinha maravilhosas, capitaneados pela simpatia e competência dos nossos amigos Pedro e Tânia.
Este ano teremos Leo Gandelman e sua banda, além dos internacionais "Yellow Jackets"  e Bryan Lee, tocando na Lagoa no domingão, para encerrar esta edição.
Nós tivemos o prazer de assistir os "Blues Etílicos" e Yamandú Costa na beira da praia em edições passadas deste evento, uma delícia, além dos inequecíveis shows de Magic Slim, John Mayall & The Bluesbrakers, Stanley Jordan e outros grandes nomes do Blues (and Jazz!!) aqui na nossa cidade, realmente pra fazer história (e ajudar a cultivar o bom gosto musical dos nossos filhotes!).

O grande e inesquecível Stanley Jordan, durante o Festival do ano passado.

Segue abaixo o link para a página oficial do Festival, com toda a programação!


E bom feriado a todos! Só não dá pra esquecer que na semana que vem temos muitas provas, portanto, entre um show e outro, "bora" ler os textos do Roberto da Matta (siga o link para ler uma excelente entrevista desse grande pensador brasileiro veiculada na Revista Trip 192, de Setembro de 2010), Louis Dumont, Felix Guattari e Durkheim pra prova do nosso querido Hildes!!!  Até a próxima, fiquem com uma "palhinha" do festival do ano passado!



domingo, 19 de junho de 2011

Final do Semestre, a Missão!


Sim, calouros, estamos chegando ao final do primeiro período de nosso curso de Psicologia. Até aqui trilhamos um caminho muitas vezes confuso, de muitos (MUITOS!) textos a serem lidos,  muitas discussões sobre filosofia, provas e trabalhos, mas outras vezes extremamente esclarecedor, e, acima de tudo, divertido!
Tempo de conhecer os colegas, descobrir afinidades, fazer amizades, de aprender a respeitar a diversidade, de dar risada juntos, batalhar pelos nossos direitos como universitários, tentando fazer da nossa universidade um lugar melhor. Caminhamos juntos, cantando “nas ruas,  nas praças” o movimento estudantil, ficamos horas na fila da xerox, tomamos intermináveis cafés (e chimarrão!) na cantina, ou muitas cervejas no bar da tia, enfim, foi um semestre bem animado! Sem falar nas nossas sessões de cinema, uma conquista da nossa turma tornada realidade pelo esforço da Bruna,  pelo interesse da turma e pelo apoio de alguns dos nossos queridos professores, mostrando a todos que a nossa formação pode se fazer de várias maneiras, e que é discutindo que formamos ideias novas... Por essas e outras é que a turma do Primeiro Período de Psicologia de 2011 está de parabéns, por estar “construindo a sua subjetividade” e de certa forma já ter construído sua “personalidade”: somos únicos, com toda a nossa pluralidade!

E agora, hora de ler e reler muitos textos, estudar, nos prepararmos para as provas finais, e torcer para que todos estejam em férias na primeira semana de Julho!!!  Depois, o merecido descanso dos guerreiros e o reencontro, em Agosto, aí não mais calouros!!!!
Tentando estudar para as provas, e também ajudar os colegas, estou preparando alguns posts de resenhas/resumos de alguns textos lidos, começando com o do Garcia Roza (“Psicologia, Um Espaço de Dispersão do Saber”), que estudamos para a aula de História da Psicologia.
E aí, vamos começar a pensar na nossa festa de despedida do semestre??? Acho que merecemos, afinal, todos somos vencedores, estamos na Universidade Federal!!!!
Um abraço e boa sorte a todos!

sábado, 18 de junho de 2011

Fiat voluntas tua

O título deste post é uma expressão latina de resignação perante um sofrimento do qual não se pode fugir. Além de expressar exatamente o meu estado de espírito atual, me pareceu muito apropriada para falar de um tema difícil, mas inexorável, pois todos sentimos em algum período de nossas vidas: o luto devido à morte de um familiar ou alguém querido.
A morte mesmo sendo comum a todo ser humano, causa muito medo, por ser a única coisa realmente desconhecida e da qual nunca poderemos escapar. Ante a essa realidade, ficamos tristes, a saudade só aumenta a cada dia, e a dor da perda parece tomar conta do nosso ser inteiramente, não deixando espaço para outros sentimentos.
Perder um pai é perder um pedaço de si. É perder momentos em família, sonhos que existiam juntos a se realizar. São inúmeras as memórias presentes na vida de cada um. A presença torna-se abstrata. A memória passa a ocupar todas as recordações. A sensação que se tem é que ele está viajando ou morando longe e em breve irá haver um encontro. O conforto para muitos de nós diante da perda de um vínculo como um pai, uma mãe, um filho, um cônjuge, é a aceitação de que nada é para sempre e que a morte talvez não seja o fim, mas sim uma nova etapa para os que se foram e para nós que ficamos.  O luto é um processo inevitável nessas situações, e deve ser vivido, elaborado, para que a paz se instaure novamente na nossa vida.
Ducati (1995), discorrendo sobre as perdas enfrentadas no desenvolvimento físico e psíquico do ser humano, ressaltou que estas poderiam ser sentidas como separação, morte real e definitiva do corpo físico, sentimento de impotência, limite e cortes no decorrer da vida. Ainda sobre a perda, Kovács (1992) observou que a morte envolve sempre duas pessoas, uma que é perdida e a outra que lamenta sua falta, sendo que o outro é em parte internalizado na memória, na lembrança numa situação de elaboração do luto. Quando essa morte do outro ocorre de modo brusco e inesperado, há uma desorganização, paralisação e um sentimento de impotência daquele que perdeu.
Chamamos de processo de luto a reação à perda, o enfrentamento das etapas desse período. Dentre as fases comuns que as pessoas atravessam temos: o choque ou torpor, em que a pessoa pode parecer desligada e é comum reações de pânico e choro intenso; a fase seguinte é chamada de anseio ou raiva, na qual é frequente o desejo que a pessoa falecida retorne, com períodos de raiva e desespero, e a ilusão que tudo não tenha passado de um pesadelo; na fase seguinte pode ocorrer desorganização mental e depressão, pois acontece o reconhecimento da perda e aí a tristeza é profunda; na fase posterior, encerrando o processo de luto, acontece o momento de reorganização ou aceitação, no qual é possível retomar projetos, novas relações e aprender a lidar com a dor da perda de uma forma mais serena ou até aprender a transformá-la numa saudade saudável. É importante destacar a alternância dessas fases, bem como o fato de que para cada pessoa enlutada o processo vai acontecer de uma forma singular sem necessariamente seguir essa sequência ou passar por todas elas.


De uma forma geral, o ser humano diante das situações de perdas, possui a capacidade para conseguir se recuperar (resiliência), porém cada qual no seu tempo. O luto é um processo de longo prazo e extremamente pessoal, sua duração vai depender de cada um; após este período, é esperado que a dor mais intensa diminua e que a pessoa consiga retomar suas atividades.
A possibilidade que permite seguir a vida, passa pelo enfrentamento da dor e das etapas seguintes. É uma via dolorosa, mas é a mais saudável. Cabe salientar que atravessar as tarefas necessárias no luto (reconhecer e aceitar a perda para depois poder voltar-se para o que ficou e seguir) para aprender a viver sem a pessoa perdida, no momento de uma dor tão aguda, pode ser facilitado pela rede de apoio familiar e social e também pela ajuda de um profissional.
Reinvestir amor e esperança na vida que fica pode parecer impossível diante de uma grande perda inesperada, mas é um caminho a ser alcançado. Poder amar as outras pessoas a sua volta não significa que não se ama mais a pessoa que partiu, pois e é verdade que "de tudo fica um pouco..." (Drummond), do amor fica muito e eternamente.

BUSCANDO CONSOLO NA FÉ


Os ensinamentos budistas nos dizem que a morte é uma passagem, uma etapa num processo bastante mais vasto que engloba nascimentos e mortes sucessivas, formas de existência variadas, vários registos da consciência humana. Neste contexto alargado, a morte deixa de ser um acontecimento único e traumático, o limiar do nada ou do mistério. Ela apresenta-se então como a dissolução do suporte físico e das formas menos subtis da consciência que está ligada ao corpo e constitui uma experiência da qual podemos tirar partido para aumentar e aprofundar o nosso conhecimento de nós mesmos e do mundo. É também a ocasião por excelência para tomarmos contato com a nossa natureza profunda, essa luminosidade natural do nosso espírito que está sempre presente e que nada pode alterar.
Mas para podermos aproveitar esta ocasião, temos de poder vivê-la com serenidade. Os Budistas desenvolvem então um sentido das responsabilidades dos seus atos uma vez que a morte, o estado intermediário e o próximo renascimento dependem deles.
Ao estudar sobre a preciosidade e a raridade de nossa vida, reconhecemos que a vida está passando exatamente agora. Nunca mais teremos este dia. Esta enorme oportunidade passa rapidamente e, então, tudo para completamente. Quando o seu corpo acaba, sua preciosa vida humana acaba. Considerar a preciosidade e a impermanência da vida é um incentivo. Se existe algo digno de realizar aqui, realize-o.
Tentando fazer sentido de tudo isso em meio à tanta saudade, vamos tentando viver um dia após o outro e focamos nosso olhar sobre a vida que segue,  levando a pessoa que amamos para sempre no nosso coração e na nossa memória, tendo a certeza de que, onde quer que esteja, estará olhando por nós e orgulhoso de nossas realizações! 


Love never dies...
Trilha sonora para este post: Entre tantos tangos, guarânias, milongas e clássicos que sempre ouvia e gostava, "Gracias a la vida" era uma das favoritas, e o acompanhou até o final... Na bela voz de "La Negra" Mercedes Sosa.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Essa Tal Felicidade




Há algumas semanas, na aula do Prof. Hildeberto (Psicologia e suas Conexões) estávamos discutindo um texto sobre o individualismo e sua importância para a formação do estado e da sociedade modernas, (“ Sociedade de Indivíduos”, Norbert Elias) quando a discussão acabou indo parar na busca pela felicidade (o professor, bem humorado, inspirou o título desta postagem ao dizer ”o que é esta tal felicidade?”, que tanto buscamos. Veio à tona a felicidade vendida pela mídia, tipo família no comercial de margarina, e como hoje em dia temos a sensação de estar correndo atrás da felicidade como a um ideal inatingível. A felicidade virou quase uma obrigação, e se estamos tristes logo tem alguém pra dizer que é depressão, que tem que ser tratada, como se estar feliz fosse o estado natural e lógico do ser humano. É fato que a mídia nos faz pensar que para sermos felizes, basta ter o carro da moda, o último modelo de celular, roupas de grife, um milhão de amigos no Facebook... e quem não tem isso, automaticamente se sente “outsider” e passa a vida a buscar essa dita felicidade. Mas será que é isso mesmo?
Teimo em pensar que não. A felicidade é efêmera como a vida, feita de momentos, e quem a busca como um fim em si mesmo, a maior realização de um indivíduo, acaba por estar sempre insatisfeito e... infeliz!

A matéria de capa de Revista Época de 23 de Maio de 2011 tratava exatamente disso, “O mito da felicidade”, e me fez começar a pensar mais profundamente sobre este tema.
Desde a antiguidade clássica os filósofos da escola grega epicurista, e o filósofo dos filósofos, Aristóteles, já se preocupavam sobre a busca da felicidade. Para Aristóteles, ser feliz era praticar a virtude. Para os Epicuristas, o maior bem era a procura de prazeres moderados de forma a atingir um estado de tranquilidade e de libertação do medo, assim como a ausência de sofrimento corporal  através do conhecimento do funcionamento do mundo e da limitação dos desejos. A combinação desses dois estados constituiria a felicidade na sua forma mais elevada.  A finalidade da filosofia de Epicuro não era teórica, mas sim bastante prática. Buscava, sobretudo, encontrar o sossego necessário para uma vida feliz e aprazível, na qual os temores perante o destino, os deuses ou a morte estavam definitivamente eliminados.
Já nos séculos XVII e XIX (e aí entra a nossa discussão na sala de aula), as teorias utilitaristas de  Tocqueville  (citado na matéria da revista e pelo nosso ilustre mestre), e de outros pensadores como Jeremy Bentham e  John Stuart Mill resumiam sua doutrina na máxima
“Agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar (Princípio do bem-estar máximo)”.
Veja a diferença, falamos aqui de bem-estar, e não de felicidade como um fim.


Recentemente, temos visto a crescente divulgação das ideias da Psicologia Positiva, uma corrente moderna da psicologia que está focada na promoção da sanidade mental, em oposição à visão tradicional de tratamento da doença mental. É um novo paradigma, que tenta mudar o olhar sobre o processo saúde-doença para o bem estar e medidas preventivas ao invés de focar na doença quando ela já está presente e remediá-la, como a medicina tradicional.
O psicólogo americano Martin Seligman, um dos principais representantes desta nova psicologia, diz que “Perseguir apenas a felicidade é enganoso”, e que devemos buscar o bem-estar, viver bem, realizar-se como pessoa, relacionar-se, ajudar os outros, ter objetivos concretos para nossa vida que não sejam “genéricos” como “ser feliz”. E acima de tudo, cultivar o otimismo. Diz-nos Seligman:
“(a principal mudança é) Deixar de entender a felicidade, as emoções positivas, como o objetivo final comum, como o único fator no qual as pessoas baseiam suas escolhas. Em vez disso, há cinco objetivos: felicidade, relacionamentos, propósito, engajamento e realizações.”     
Dessa forma, não nos sentimos pressionados a estarmos sempre em busca desta tal felicidade, mas vamos vivendo, fazendo da nossa vida uma sucessão de momentos, uns felizes, outros tristes, mas que nos levam a nos aproximar do estar bem, mais real do que a obrigação de sermos felizes o tempo todo. Gosto de pensar que o segredo de viver uma vida plena é relaxar... and just be yourself. 

“When will I really see all that I need’s to look inside /the more I see, the less I know, the more I’d like to let it go!”

Links para este post:  http://www.psicologiapositivabr.com/ - Site muito legal sobre a Psicologia Positiva, e um blog com muitos textos excelentes, que inclusive inspiraram este.

Trilha sonora para este post: “A Felicidade” Tom Jobim e Vinícius de Morais, “Samba da Benção”, Vinícius de Moraes, by Bebel Gilberto, “Snow – Hey Oh”, The Red Hot Chilli Peppers.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ela só pensa em beijar, beijar, beijar, beijar!!!



O Dia dos Namorados está chegando, e com tanto “bombardeio” da mídia, não tem como não ficar pensando no assunto! Quem tem namorado (a), pensando em como vai comemorar, e quem não tem, louco pra arranjar um (a) logo, de preferência antes do dia 12! Afinal, tá frio, né??
Enquanto vou escrevendo um post “temático” para este grande acontecimento (à luz da Psicologia, of course!), resolvi postar minhas fotos favoritas de beijos famosos, e deixar que vocês, colegas, escolham qual é a mais legal, a mais romântica, a mais bonita... Comentem, pois este blog gostaria de ser um espaço democrático, e as duas mais votadas serão reveladas no Dia dos Namorados!!!
Até lá, inspirem-se e beijem muuuuuuuuuuuuuuuuuuito... Fik a dik!!!

O beijo do Hotel de Ville,  Robert Doisneu - Paris, 1950


"Breakfast at Tiffany's", Blake Edwards' Film, 1961.

James Dean, "Rebel Without a Cause", 1955.

"From Here to Eternity", 1953, a Fred Zinnemann film.
V-J Day in Times Square, a photograph by Alfred Eisenstaedt, 1945.
"Underwater Kiss", click to see more pictures of amazing kisses!

Albert Wertheimer, "Elvis Tongue-Kiss", 1956

 

"First Kiss", Author Unknown


"Lady and the Tramp",  Walt Disney, 1955.



"Romeo + Juliet", 1996,  Baz Lurhmann movie.
Maddona kissing Britney Spears at the MTV Video Music Awards, 2003.

Gustav Klimt, "Der Kuss", 1907-08. - I just LOVE this one!!!


Gostou?? Espero que ao menos eu tenha inspirado você! Vai lá beijar, vai!!


Trilha sonora para este post:  1. "Kiss", Prince, "Parade", 1986. 2. "Se ela dança, eu danço", MC Leozinho.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Foucault, Nietzsche, a Genealogia e a Busca da Verdade – Entendeu, Calouro??

O primeiro texto estudado por nós, neste primeiro período  da Psicologia, foi  “Nietzsche, a Genealogia e a História", do filósofo (e psicólogo!) francês Michel Foucault.  Para minha surpresa, este texto  nos ajudou a compreender (ou será que ajudou a confundir??) conceitos que nos estavam sendo apresentados pela primeira vez (para a maioria dos alunos, acho eu!) em disciplinas, e as discussões sobre ele estiveram presentes em muitas aulas. Acho que todos vão lembrar do comentário “esse texto é pra vida toda”, feito pelo professor João... E da Marina, hahaha!!!
Brincadeiras a parte, realmente é um texto essencial para o entendimento das colocações de Foucault e de toda uma linha de pensamento sobre como entendemos e buscamos a verdade dos fatos históricos e a verdade acerca do homem.

No princípio um tanto confusos com aquelas imagens “a genealogia é cinza, a metafísica é azul”, o “acontecimento”, “não há certezas”, “a verdade é uma construção e um jogo de poder” e um monte de palavras em alemão!!??(que diabos é metafísica, o que é um acontecimento? Como assim não há certezas?  What the hell is Ursprung, Entestehung? E não, não estamos estudando sobre a família de ninguém!), aos poucos fomos  lendo, conversando, digerindo aquilo tudo e as fichas caindo, eu acho.
Na primeira prova do Prof. Pedro Cattapan (Psicologia e História Social), nos foi proposta a seguinte questão:

O que Foucault entende por Genealogia?

Transcrevo abaixo a minha resposta, já avaliada pelo teacher, é claro, e com algumas “pós-edições” no conteúdo:
“A Genealogia, segundo Foucault , é uma visão crítica sobre a história. Esta visão difere muito da concepção tradicional de História linear (tal como aprendemos na escola), a qual pressupõe uma continuidade dos fatos históricos desde uma origem (a tal de “Ursprung”) até o presente.
A Genealogia se caracteriza por não ser linear, e sim considerar o devir histórico como uma série de acontecimentos singulares que fazem a história, e que devem ser analisados e considerados na sua particularidade, e não de forma causal  (um fato causou outro, que causou outro, etc.).
Para a Genealogia interessam os conflitos, as lutas pelo poder (“invasões, disfarces, astúcias”), a novidade que quebra certa previsibilidade existente: é a partir da emergência de conflitos (“Entestehung”), guerras e rupturas de regras que surgem novos paradigmas, novas regras, as quais, provocando mudanças, fazem a história.
Quando Foucault, citando a primeira dissertação de Friederich Nietzsche em sua obra “Para Uma Genealogia Da Moral”, diz que
“A genealogia é cinza; ela é meticulosa e pacientemente documentária. Ela trabalha com pergaminhos embaralhados, riscados, várias vezes reescritos.”
 ele nos oferece a bela imagem de uma visão dos fatos históricos que não é clara, precisa e previsível como os historiadores tradicionais nos fizeram por muito tempo acreditar.
A Genealogia, então, se coloca como um método de pensar a história considerando todos os seus disparates e confusões, buscando não a origem dos fatos, sua cronologia, mas a sua importância para entendermos o presente, ou seja, onde a história nos trouxe.
Sendo assim, não teríamos apenas uma compreensão da História, e sim, diversas “histórias” que trazem à tona não uma verdade única e inquestionável, mas a verdade na história de cada um. ”
Lembrando que toda a questão do pensamento foucaultiano está colocada na busca pela verdade do conhecimento, da verdade das coisas, cabe aqui uma citação sobre como devemos lançar o nosso olhar sobre a história:

“Se interpretar era colocar lentamente em foco uma significação oculta na origem, apenas a metafísica poderia interpretar o devir da humanidade. Mas se interpretar é se apoderar por violência ou sub-repção, de um sistema de regras que não tem em si significação essencial, e lhe impor uma direção, dobrá-lo a uma nova vontade, fazê-lo entrar em outro jogo e submetê-lo a novas regras, então o devir da humanidade é uma série de interpretações. E a genealogia deve ser a sua história.” ("Microfísica do Poder", 23o. Edição. Graal. Cap 2, Pág. 26)

Trilha Sonora para este post: Só podia ser esta, "Gaiola das Cabeçudas", by Comédia MTV

domingo, 5 de junho de 2011

Em busca do Psi

    Este post era pra ser o primeiro do blog, pois ao ingressar na faculdade de Psicologia e aprender que o tridente de Netuno, a letra grega Psi, é o símbolo deste saber, comecei a pensar nos seus significados e achei interessante escrever sobre ele.
Mas ao pesquisar sobre o tema, descobri que quase tudo já foi escrito em outros blogs, e que não era uma ideia nem um pouco original para um post!  No blog quase gêmeo deste (sorry pela pretensão!), Anima, - lindo e informativo, uma delícia de ler! - tem um post bem completo e muito esclarecedor sobre a origem do símbolo, que explica como o psi foi parar nas camisetas dos estudantes de psicologia mundo afora.  Mesmo sendo meio “batido”, achei que ainda seria válido dar minha contribuição, pois para mim o velho símbolo de Poseidon só trazia seu significado astrológico, aliás, muito rico.
Venice, Italy - By Todd Gipstein
 Desde muito pequena me sinto atraída pelo mar, pelas profundezas (da alma, do ser, das coisas, e do oceano inclusive), sendo eu mesma uma escorpiana, signo regido por Plutão, irmão e bem parecidinho com Netuno, pois ambos os planetas regem os processos mentais, conscientes e inconscientes.  Ao saber que o mesmo símbolo está relacionado aos estudos da psique humana, da sicentia de anima, como diziam os antigos, e aos processos inconscientes e mais profundos do indivíduo, parece que todas as fichas caíram. É claro que tinha que ser o símbolo da psicologia! Então, vejamos:
Diz-nos Jung que “a compreensão da criação de símbolos (origem no grego σύμβολον –sýmbolon)  é crucial para o entendimento da natureza humana”. Ψ ou psi é a vigésima terceira letra do alfabeto grego, correspondente ao fonema "psi" e ao número 17.
Estudar psicologia sem entender o significado profundo do seu símbolo representativo significa perder um elemento essencial para sua compreensão.  Embora este seja o começo da explicação sobre seu significado, não podemos esquecer que a letra "psi" tem uma historia e está associada a realidades muitos profundas, expressas a través da mitologia da cultura grega e romana, principalmente.  A letra Ψ é o principal símbolo representativo de Deus Poseidon (ou Netuno em Latim).
O Senhor das Profundezas rege não somente os mares, mas as profundezas do homem, e o inconsciente é o seu domínio. Seu símbolo, o tridente, originalmente representava sua força divina, usando como arma de guerra para se apoderar da alma dos seus detratores, para fazer  tremer a terra e surgir os mares, sendo que foi através desse processo que, segundo o mito grego, Poseidon deu de presente ao homem o cavalo. Agora sei também que as pontas do tridente  podem ser relacionadas a alguns conceitos bem importantes de psicanálise (as pulsões) e às correntes atuais da psicologia moderna (ver post no “Anima”), muito curioso!
O mar, por extensão, sempre significou o inconsciente, o desconhecido onde os homens podem se perder, se afogar, mas também podem buscar alívio para os seus males, buscar calma e serenidade (basta lembrar quantas pessoas, em todo o mundo, associam férias à praia!). Lembro de ouvir meu pai dizendo que “todo louco se acalma perto do mar”, ou ao contrário, se perde de vez em sua viagem interior. Pra mim, estar perto do oceano sempre trouxe paz e tranquilidade, e toda vez que preciso refletir, resolver um problema, ou  simplesmente quando estou triste e precisando ficar bem comigo mesma, uma boa caminhada na praia e alguns momentos olhando o mar trazem alívio e muitas vezes,  a solução.
 Então, foi muito significativo e interessante saber que o símbolo de Netuno é também o símbolo da profissão que eu escolhi, guiada por um forte desejo de mergulhar nas profundezas da alma humana em geral (e da minha em particular!). Pois como diz Fernando Pessoa naquele famoso poema onde diz também que tudo vale a pena se a alma não é pequena,

“Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu”
“Mar Portugûes”,1935


Trilha sonora para este post: 1."Beira Mar", Zé Ramalho,  "Antologia Acústica", 1997, BMG. 2. "Deep Ocean Vast Sea", Peter Murphy, "Deep", 1989

sábado, 4 de junho de 2011

"Meninas", uma triste realidade.



Esta semana iniciou-se o trabalho de um grupo de estudos na faculdade sobre Gravidez e Sexualidade na Adolescência, sob a orientação da Prof. Patricia Lima (a seguir cenas dos próximos posts: detalhamento do projeto da pesquisa e grupo de estudo), e eu não pude resistir em fazer parte, apesar do schedule já completamente atolado. O tema, além de denunciar uma situação social que assola o país, é interessante e motivador para nós, futuros psicólogos, pois representa uma área de atuação importante e necessária na nossa sociedade.
Para iniciar as discussões, nós vimos o documentário “Meninas”, da diretora Sandra Werneck (2006), contando a experiência de quatro adolescentes grávidas nas comunidades pobres do Rio de Janeiro. Não pude deixar de me emocionar e comover muito com a história dessas meninas, todas de uma condição social precária, quase sem condições até, com uma estrutura familiar (quando existente!)  tão precária quanto , crianças ainda, que geram outras crianças sem a menor noção do que estão fazendo com as suas vidas!


Como muito bem colocado em uma resenha sobre o filme no site Deustche Welle, o documentário “revela um universo cruel”, de abandono, uma realidade onde a banalização da miséria e da violência e uma ausência total de perspectivas de futuro levam essas garotas  (meninas ainda!!) a achar “normal” iniciar sua vida sexual e engravidar tão novinhas. 
Os dados estatísticos sobre o assunto (gravidez precoce ou na adolescência) são alarmantes: segundo o IBGE,  atualmente no Brasil  1/3 das mulheres entre 15 e 24 anos já teve pelo menos um filho nascido vivo,  representando 27,4% da população de mulheres na mesma situação.  Há algumas pesquisas que revelam dados percentuais  ainda mais assustadores de gestantes menores de 15 anos. Na verdade, a definição de juventude pela faixa etária de 15 a 24 anos é muito discutida, alguns pesquisadores considerando que, na atual realidade brasileira, deveria ser considerada  a faixa etária de 12 a 21 anos para estudos referentes ao comportamento da juventude no que diz respeito  a sexualidade, gravidez, uso de drogas e incidência de DSTs.
Esta triste realidade não é exclusiva do Brasil, pois a atividade sexual precoce e a gravidez na adolescência são problema em quase todos os países, mesmo os mais ricos. O filme canadense-americano "Juno", de 2007 dirigido por Jason Reitman e escrito pela iniciante Diablo Cody, que rendeu à sua autora o Oscar de melhor roteiro original, mostra a história de uma adolescente de classe média americana, typical american way of life, que passa pela mesma situação. Se é que há comparação possível, podemos ver similaridades: o despreparo emocional, os conflitos familiares,  a incerteza sobre o futuro, um olhar ingênuo e resignado... Mas as diferenças são gritantes, quando consideramos as condições socioeconômicas e de estrutura social que as duas realidades mostram!
A gravidez na adolescência tem sérias implicações biológicas, familiares, emocionais e econômicas em uma população, além das jurídico-sociais, que atingem o indivíduo isoladamente e a sociedade como um todo, limitando ou mesmo adiando as possibilidades de desenvolvimento e engajamento dessas jovens na sociedade. Devido às repercussões psicológicas e físicas sobre a mãe e sobre a criança, é considerada gestação de alto risco pela Organização Mundial da Saúde. Muito embora atualmente postule-se que o risco seja mais social do que biológico.

Muito temos ainda a discutir sobre o assunto, mas creio que algumas saídas possíveis para atenuar essa situação devem ser buscadas não somente na assistência social, mas principalmente na educação dos jovens e conscientização sobre a responsabilidade de gerar um filho. E essa tarefa deve ser da escola, da sociedade, dos meios de comunicação, mas principalmente da família desses adolescentes. Por isso, um diálogo franco, aberto e sem preconceitos sobre sexo é fundamental.

Como falar de sexo com os filhos?
- Comece a orientar desde cedo;
- Pense, pesquise e conheça sobre o assunto;
- Aprofunde o relacionamento;
- Estimule a sinceridade e retribua;
- Fale sobre quais são as regras familiares;
- Discutam juntos sobre expectativas pessoais e planos para o futuro;
- Esteja aberto para responder a qualquer dúvida;
- Tenha e promova atitudes positivas;
- Incentive o respeito ao próximo e a si mesmo.

Segundo o Ministério da Saúde:
- A cada ano, cerca de 4 milhões de adolescentes tornam-se sexualmente ativos no Brasil.
- 10,5% dos jovens entre 15 e 24 anos já tiveram pelo menos um parceiro sexual que conheceu pela internet.
- 14,6% destes jovens afirmaram que tiveram relações com mais de cinco parcerias eventuais.
- Entre esses jovens, apenas 30,7% afirmaram fazer uso da camisinha com parceiros fixos.

A 3ª Pesquisa Nacional de Demografia da Saúde da Mulher e da Criança, realizada em 2007 pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), com adolescentes do sexo feminino na faixa etária de 15 a 19 anos, revelou que 32,6% das entrevistadas admitiram ter tido a primeira relação em média aos 15 anos.
80% das adolescentes grávidas em pré-natal no Hospital das Clínicas de São Paulo abandonaram a escola.
Segundo levantamento da ONU (Organização das Nações Unidas), quase 25% das adolescentes da América Latina já ficaram grávidas pelo menos uma vez (mulheres até 19 anos).
Um filho é para sempre.
http://frasesilustradas.wordpress.com/

Trilha sonora para este post: "Meu Guri"Chico Buarque, LP Almanaque, 1982, Universal, "Expectations", Belle and Sebastian, Trilha Sonora do filme "Juno".
Fontes:  IBGE , "O perfil da mulher jovem entre 15 e 24 anos: características diferenciais e desafios."