sexta-feira, 3 de junho de 2011

Academia, o retorno.

1510/11
Vaticano, Stanza della Segnatura


Não, este não é um post sobre malhação (apesar de eu bem estar precisando retornar a esta também!).  A bola da vez é o retorno aos estudos, aos bancos escolares, à vida acadêmica depois de tanto tempo afastada da ‘universitas’.  O que faz uma pessoa, com a vida profissional já mais ou menos definida (apesar de pouco lucrativa, devo acrescentar), aos 40 anos, com três filhos pequenos para cuidar, fazer vestibular novamente e querer cursar uma faculdade?  Simples, colega, a vida é muito curta e pedras que rolam não criam limo! Vontade de viver, de aprender, de renovar as ideias, de explorar novas possiblidades e principalmente um profundo desejo de usar meu saber, minhas experiências, vivências e conhecimentos para fazer alguma diferença no mundo, ajudar os outros!!  
 Ouvi muitos comentários do tipo “você é maluca”, ou “vai ser muito difícil, você não vai conseguir conciliar tudo”, ou ainda “será que você não vai se sentir um peixe fora d’água”? Mas a minha vontade de estudar me deu forças, assim como o maridão (apoiador incondicional, minha âncora, meu porto seguro!), e enfrentar o vestibular não foi tão difícil quanto eu pensava, apesar de ter quase morrido de ansiedade (um mal que me acompanha desde sempre, é verdade) esperando o resultado... Mas não é que deu certo?
E cá estou eu, caloura novamente! E muito feliz, às vezes cansada, um pouco assustada com a quantidade de material para ler, estudar, assuntos a discutir, coisas pra pesquisar... Mas amando cada minuto, reencontrando com um prazer muito grande os filósofos, os livros, as bibliotecas e bibliografias, descobrindo MUITOS novos horizontes, fazendo novos e grandes amigos (que espero levar comigo ao longo da vida!), me renovando  e aguçando a curiosidade a cada dia que passa... Fome de aprender, de saber mais, de pensar e repensar sobre a origem do conhecimento,  sobre como e porque pensamos, agimos, desejamos e aprendemos. E também porque somos contraditórios, confusos, complicados, ansiosos, loucos...
Tomo para mim a cada dia a máxima socrática, “Sei que nada sei, para lembrar-me que a busca do conhecimento é como o universo, ou como aquele filme que via quando piá, uma “História Sem Fim”. Mas nem por isso cansativa ou boring ou repetitiva: sempre haverá algo novo para aprender, principalmente se quisermos conhecer as profundezas do ser humano.
E com muita garra vou seguindo em frente, pois como bem dizia um rockinho do meu tempo, “só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder”!!
Trilha sonora deste post: Titãs, “Go Back”, gravado originalmente no LP (sim, do tempo do bolachão)  de 1984. Para curtir um pouco do que esses caras estão fazendo hoje em dia, clique no link!





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