1510/11
Vaticano, Stanza della Segnatura
Não, este não é um post sobre malhação (apesar de eu bem estar precisando retornar a esta também!). A bola da vez é o retorno aos estudos, aos bancos escolares, à vida acadêmica depois de tanto tempo afastada da ‘universitas’. O que faz uma pessoa, com a vida profissional já mais ou menos definida (apesar de pouco lucrativa, devo acrescentar), aos 40 anos, com três filhos pequenos para cuidar, fazer vestibular novamente e querer cursar uma faculdade? Simples, colega, a vida é muito curta e pedras que rolam não criam limo! Vontade de viver, de aprender, de renovar as ideias, de explorar novas possiblidades e principalmente um profundo desejo de usar meu saber, minhas experiências, vivências e conhecimentos para fazer alguma diferença no mundo, ajudar os outros!!
Ouvi muitos comentários do tipo “você é maluca”, ou “vai ser muito difícil, você não vai conseguir conciliar tudo”, ou ainda “será que você não vai se sentir um peixe fora d’água”? Mas a minha vontade de estudar me deu forças, assim como o maridão (apoiador incondicional, minha âncora, meu porto seguro!), e enfrentar o vestibular não foi tão difícil quanto eu pensava, apesar de ter quase morrido de ansiedade (um mal que me acompanha desde sempre, é verdade) esperando o resultado... Mas não é que deu certo?
E cá estou eu, caloura novamente! E muito feliz, às vezes cansada, um pouco assustada com a quantidade de material para ler, estudar, assuntos a discutir, coisas pra pesquisar... Mas amando cada minuto, reencontrando com um prazer muito grande os filósofos, os livros, as bibliotecas e bibliografias, descobrindo MUITOS novos horizontes, fazendo novos e grandes amigos (que espero levar comigo ao longo da vida!), me renovando e aguçando a curiosidade a cada dia que passa... Fome de aprender, de saber mais, de pensar e repensar sobre a origem do conhecimento, sobre como e porque pensamos, agimos, desejamos e aprendemos. E também porque somos contraditórios, confusos, complicados, ansiosos, loucos...
Tomo para mim a cada dia a máxima socrática, “Sei que nada sei”, para lembrar-me que a busca do conhecimento é como o universo, ou como aquele filme que via quando piá, uma “História Sem Fim”. Mas nem por isso cansativa ou boring ou repetitiva: sempre haverá algo novo para aprender, principalmente se quisermos conhecer as profundezas do ser humano.E com muita garra vou seguindo em frente, pois como bem dizia um rockinho do meu tempo, “só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder”!!
Trilha sonora deste post: Titãs, “Go Back”, gravado originalmente no LP (sim, do tempo do bolachão) de 1984. Para curtir um pouco do que esses caras estão fazendo hoje em dia, clique no link!
testando o post de comentários...
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